Supermercados: nem sempre vale o que está escrito

Você vê um produto no Supermercado, gosta do preço, coloca no carrinho, paga por ele e, se conferir mais tarde a nota fiscal, constata que pagou um preço diferente daquele que está indicado na etiqueta. Quase sempre o pagamento foi feito por um valor superior.

Esta denúncia circula pelo Facebook. Pensando bem, já aconteceu comigo mais de uma vez e qualquer um de nós deve ter muitas histórias parecidas.

A etiqueta mostra um preço diferente do que indicado na nota fiscal. No momento da pesagem e etiquetagem, o preço que estava nos computadores era um. Em seguida, terminado o serviço, foi majorado sem que o cliente pudesse perceber mais tarde. Quando compramos muitos ítens nem notamos que fomos enganados. É neste ponto que os supermercados aproveitam. Se o cliente reclama, dizem que houve um engano e devolvem o dinheiro cobrado a mais.

Fique atento. O preço original indicava R$ 49,90 por Kg. Na nota fiscal o preço é R$ 70,99. Imagine conferir ítem a ítem numa compra de mês, com muitas dezenas de produtos diferentes. Tarefa difícil, mas necessária. Não se pode confiar.

Quando a data de validade não garante a qualidade do alimento

Os supermercados procuram facilitar a vida do cliente, mas nem sempre os riscos compensam. O açougue é onde o atendimento costuma ser o mais demorado, principalmente se o cliente que está na sua frente resolve escolher carnes de vários tipos para o churrasco do final de semana. Escolher, cortar, pesar, etiquetar, são tarefas que demandam tempo e muita paciência. Em determinados horários as filas são inevitáveis.

Alguns supermercados oferecem carnes já cortadas, pesadas e embaladas, onde basta pegar a bandeja e colocar no carrinho. Geralmente, dependendo do supermercado, as carnes foram colocadas no mostruário há poucos minutos e a grande procura evita que fiquem ali por muito tempo. Em outros, no entanto, muitas bandejas colocadas pela manhã, lá permanecem até o supermercado fechar. A temperatura do mostruário, por ser um ambiente aberto, não garante o congelamento. Quando muito, as carnes são resfriadas como se estivessem na parte inferior da sua geladeira doméstica.

Carne embalada

Há mercados que chegam ao absurdo de oferecer carne moída já embalada, o que é proibido. A carne deve ser moída no momento da compra, pois a maior área exposta ao ar faz com que a deterioração aconteça muito rapidamente.

O mais grave acontece quando o dia acaba, o mercado fecha, e a carne continua exposta, em sua bandeja. Nem vou mencionar que muitos mercados desligam o freezer ou reduzem a sua atividade (aumentando a temperatura) para economizar energia elétrica.

No dia seguinte, logo que o mercado abre, o açougueiro recolhe as carnes da véspera que não foram vendidas e passaram a noite nas prateleiras. O que será que ele faz com elas? Joga no lixo? Seria o correto mas, na maioria das vezes, as carnes são retiradas de suas embalagens antigas e novamente embaladas, etiquetadas com uma data novinha e recolocadas na prateleira como se tivessem sido cortadas naquele instante.

Isso não é ficção. É realidade e acontece com mais frequência do que se imagina. Um caso de polícia.

Nunca compre carnes pré-cortadas e embaladas, como estas que aparecem na foto. Escolha um pedaço inteiro e peça para cortar a carne na hora. Carne moída deve ser evitada, pois até a máquina de moer também é fonte de contaminação.

Cuide de sua saúde!