Nunca informe o número do celular aos credores

Quem nunca comprou para pagar parcelado, fez empréstimo em banco ou contratou cartão de crédito? Provavelmente ninguém. Então, todos sabem que uma das primeiras informações solicitadas na hora da contratação do serviço é o número do celular. Por que isso?

O celular permite uma rápida localização da pessoa em caso de necessidade. O telefone fixo não oferece a mesma flexibilidade. O problema é entender quais são as verdadeiras necessidades, suas ou do credor.

Por que não devo informar o número do celular?

Se você tem um chip com número antigo, pouco ou nunca usado, que fica naquele aparelho velhinho no fundo da gaveta, pode informar o número do celular sem problemas. No entanto, se o smartphone é sua ferramenta de trabalho, nunca é desligado e você não sobrevive sem ele, mantenha o número longe dos credores.

nunca informe o número do celular

Nada impede que, numa situação de crise como a que vivemos atualmente, você precise atrasar o pagamento de uma conta, principalmente daquelas que vencem na segunda quinzena do mês. Neste momento você vai compreender o erro que cometeu ao informar o número do celular. Após uma semana de atraso, bancos, operadoras de cartão, prestadoras de serviço de telefonia, TV a cabo e afins, delegam o serviço de cobrança a empresas terceirizadas. Estas, além de incluírem seu nome no SPC e Serasa, não farão outra coisa além de ligar para o número do celular cadastrado. Muitas delas utilizam a técnica da tortura psicológica. Quando você atende, a ligação cai sem quem que ninguém fale nada. Cada ligação, e são várias por dia, partem de um número diferente, geralmente com prefixo do Paraná, São Paulo ou região nordeste. O objetivo dessas ligações é lembrar que você tem uma dívida em atraso.

Os smartphones modernos permitem o bloqueio do número, mas isso de pouco adianta. As chamadas sempre partem de números diferentes. Há casos em que o melhor será trocar o chip, caso não seja possível quitar imediatamente o débito vencido.

Pense nisso!

Como calcular preços em um pequeno negócio

Como calcular preços em um pequeno negócio é a preocupação atual de muitos brasileiros. As famílias procuram alternativas para ter uma renda extra. Atividades informais crescem, pois a carga tributária e os custos fixos inibem qualquer vontade de se estabelecer.

Vamos analisar uma situação hipotética, baseada no perfil das famílias brasileiras. As donas de casa são excelentes cozinheiras e o brasileiro, de um modo geral, fica satisfeito e bem alimentado com um prato bem preparado de arroz com feijão, carne e batata. Por que não abrir uma pensão caseira e servir refeições? Afinal, comer todos comem, e fazem isso todos os dias. Sendo a comida boa, não há como dar errado. Pior que há.

Não adianta você servir refeições preparadas com carne de primeira, higiene perfeita, ter boa clientela, se não calcular o preço corretamente. Vai trabalhar de graça ou, o que é pior, pagar para trabalhar. Isso se aplica tanto para as empresas informais quanto para as formais, regularizadas, que estão em dia com os impostos.

Como calcular preços

Nesta hora entra uma variável importante: quanto você precisa cobrar pelo que vende e quanto seus clientes estão dispostos a pagar. É a hora da decisão e muitos desistem por aqui.

Vamos supor que o nosso empreendedor resolveu ir em frente. Vai fazer uma pensão caseira, aproveitando os dons culinários da esposa e a mão de obra das filhas, atualmente desempregadas, que podem ajudar a tocar o negócio.

Ele ficaria responsável pela compra de mercadorias, divulgação, atendimento, controle financeiro, etc. Durante algum tempo, em tentativa anterior mal sucedida, viajava diariamente em plena madrugada para comprar mercadoria mais barata diretamente do produtor. Gastava com o carro o que poderia ganhar na diferença de preço. Em pouco tempo o carro se desmanchou e ele ainda devia uma fortuna. Ele aprendeu que a energia deve ser canalizada para onde houver retorno que compense. É o famoso custo/benefício.

Como calcular preços das refeições

Considerando que está tudo pronto para atender a clientela em casa, naquela área da varanda onde foram colocadas algumas mesas, vamos calcular o preço da refeição. Sempre é bom repetir que a pensão, formal ou não, é uma empresa. A família é outra empresa e também tem seus custos, receitas e despesas, gerando lucro ou prejuízo. Vamos separar as duas contas. Fazer caixa único é declarar a falência antes de começar.

Faça uma planilha e relacione seus custos fixos, ou seja, aquilo que será gasto havendo ou não clientes. Alguém recebe remuneração para ajudar no serviço? Paga aluguel? Luz, gás, telefone, água costumam ter uma taxa mínima, usando ou não. Não esqueça a gasolina e despesas com o carro. Coloque isso na planilha.

Passe ao custo variável. Quantas refeições pretende servir por dia? Estipule um número e calcule quanto de arroz, feijão, carne, temperos, gás, água e luz serão gastos para produzir esses pratos. Não esqueça das quentinhas e do custo da entrega a domicilio. Afinal, muitos clientes vão pedir por telefone.

Tendo o custo total de 100 refeições, por exemplo, adicione as possíveis perdas e desperdícios. Finalmente, seja sincero e diga quanto quer ganhar pelo trabalho. Lembre-se de que sua família também trabalhou e deve participar do rateio dos lucros. Adicione essa parcela ao custo total e divida tudo pelo número de refeições servidas diariamente. Esse será o seu preço de venda.

Será que a clientela estará disposta a pagar esse preço? Você tem concorrentes? Quanto eles cobram pelo prato feito? A qualidade é a mesma? E a quantidade servida?

Leve tudo isso em conta e não se esqueça: não faça caixa único. Separe as despesas e receitas da pensão daquelas da família. Tire uma remuneração, que pode ser diária, mas o melhor será fazer retiradas mensais. Se a pensão não der certo, acabe com ela, mas preserve as contas da família.

Esse foi um estudo superficial. Há técnicas mais avançadas para cálculo de custos e preços finais. Pesquise na internet antes de tomar uma decisão. Optando pela formalidade, o que é recomendado, faça um curso sobre o assunto. Vá em frente e boa sorte.

Este artigo foi escrito e publicado por
Paulo Afonso Teixeira