Cofres nos bancos não garantem segurança

Tentando fugir da onda de violência que assola o país, as pessoas evitam guardar jóias e documentos importantes em casa. O aluguel de cofres bancários tem sido cada vez mais procurado. O cliente acha que, por estar dentro do cofre forte do banco, a segurança é total.

Trata-de de um engano. No final de agosto de 2011 uma agência bancária paulista hospedou bandidos no seu cofre forte durante todo um fim de semana. Foram arrombados 170 cofres particulares, cerca de 5% do total. No domingo, os bandidos saíram tranquilamente da agência levando jóias,  documentos e dinheiro (provavelmente dólares) no assalto milionário.

O banco não sabe o que cada cliente guarda em seu cofre particular. Então, não assume a responsabilidade por reembolsar o cliente. Somente a indenização por danos morais, quinze mil reais, é considerada como devida. E a briga na justiça é inevitável. Embora o banco tenha sido alvo de um ato criminoso, isso não elimina sua responsabilidade. O cliente não tem nada a ver com isso. O banco ofereceu um serviço e o cliente contratou.

Nem sempre o cliente está disposto a declarar o que estava no cofre, principalmente por não ter como justificar a sua origem.

E agora, José?

Melhor fazer bom uso do dinheiro em vez de deixá-lo guardado em cofres. É hora de valorizar o SER, em vez do TER.

 

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