Você está viajando, ia sacar dinheiro no Banco 24 horas mas, por um motivo qualquer, não conseguiu. Está sem dinheiro e precisará, alguns quilômetros adiante, pagar o pedágio. O que fazer?
Não se desespere. Fale com o responsável que está sem dinheiro e ele, sem qualquer problema, emitirá um boleto para pagamento na rede bancária. Possivelmente você precisará se identificar, informando identidade e CPF, mas essas informações já aparecem na carteira de motorista.
Isso vale para qualquer posto de pedágio no país. Por que não é divulgado? É simples: muita gente se valeria disso para não pagar o pedágio e pedir o boleto, que poderia ser pago, ou não, obrigando as empresas a entrarem com cobranças judicias, pagar advogados, um serviço caro e nem sempre efetivo.
Pelo sim, pelo não, o serviço é prestado sem alarde, somente quando se faz necessário e para quem, de fato, ficou sem dinheiro por algum motivo inesperado.
Nossa cultura, infelizmente, ainda considera a Lei de Gerson como a sua lei. Muita gente quer levar vantagem em tudo, mesmo prejudicando o semelhante. Mas isso começa a mudar, embora o exemplo não venha de cima, como deveria.
Lembro de um dia que, viajando pela Inglaterra, peguei o metrô numa estação distante, quase final de linha, onde não havia local para venda de bilhetes. Isso é normal de acontecer. Em Londres a passagem de metrô tem preço variável, de acordo com o trajeto percorrido. Ao desembarcar fui à bilheteria, informei a origem e paguei a passagem normalmente. Coisa de país civilizado. Estamos caminhando para lá. Basta cada um fazer a sua parte e dar o exemplo, mesmo que seja minoria. Um dia o comportamento muda.