Editores reclamam da queda dos rendimentos do Google AdSense

Não há felicidade que dure para sempre e, cá entre nós, estava muito fácil ganhar dólares com pouco esforço. Proprietários de sites e blogs foram atraídos para o mercado publicitário, como numa corrida do ouro. Bastava criar um blog, colocar os anúncios e acompanhar o relatório de ganhos, sempre tão generosos. Muita gente criou blogs, mesmo sem saber escrever corretamente ou conhecer algum assunto para falar sobre ele, apenas para ter espaços publicitários e viver dessa nova atividade.

Por ser novidade, os internautas também tinham curiosidade em conhecer os anunciantes, cada vez mais criativos, o que fez com que o Brasil apresentasse uma taxa de cliques (CTR) das maiores do mundo. Isso se convertia em mais dólares para os editores.

Aos poucos, o mercado foi se estabilizando, o interesse dos internautas pelos anúncios diminuiu, pois estes ficaram mais seletivos, não navegando a esmo, procurando aquilo que de fato o interessasse.

Com a grande quantidade de espaços oferecidos para anúncios, a maior oferta reduziu os preços ainda mais. Mas, havendo muitos blogs de baixa qualidade, isso também contribuiu para afastar bons anunciantes.

Chegou a hora de corrigir desvios, e isso vem acontecendo há quase um ano. Muitas contas do AdSense tem sido canceladas pelo Google, mas alguns anunciantes também sofrem punição. Há casos em que o anunciante consegue fornecer todas as informações no anúncio, inclusive o telefone da empresa, e pede ao internauta para não clicar, bastando telefonar para um número de telefone fornecido, muitas vezes um 0800. É uma forma de anunciar sem pagar, ou pagando pouco, mas isso faz com que este anúncio, que tem baixo retorno de cliques, seja preterido por outros que, embora ofereçam lance menor no leilão de preços, dão maior retorno financeiro. Afinal, além do editor, o Google também ganha com o correto funcionamento do sistema. É muito difícil enganar uma máquina  bem programada, cheia de informações e sabendo que decisões deve tomar em cada caso. O editor pode bloquear manualmente esses maus anunciantes, mas é uma tarefa sem fim, pois novos anúncios aparecem a cada dia oferecendo um telefone de contato. Em “Como colocar laje sem mexer no telhado” já foram bloqueadas quase 30 urls de anunciantes nesta situação.

Como acontece em qualquer atividade, quem estiver fazendo um trabalho sério, sem aventuras, criando conteúdo com a qualidade que o visitante procura, não tem com o que se preocupar. Os resultados aparecerão naturalmente. A seleção natural é inevitável e se encarregará de equilibrar o mercado.

Já estamos chegando lá.

Saindo do vermelho

Sair do vermelho é tão fácil quanto parar de fumar. Muitos já tentaram e alguns conseguiram. Há aqueles que acham tão fácil, tão fácil, que já sairam do vermelho e pararam de fumar diversas vezes. E acabaram voltando.

Mais do que uma questão de comportamento, os baixos salários e as exigências de uma Sociedade competitiva contribuem para o endividamento das famílias. É difícil resistir a tantos apelos, diretos ou indiretos, a que nos submetemos diariamente. As lojas cheias no período natalino, a obrigação de comprar presentes, são hábitos que deveriam ser abolidos. Fazemos dívidas comprando aquilo que não precisamos, gastando o dinheiro que ainda não ganhamos, para agradar pessoas das quais não gostamos. Quase sempre é assim. E entramos num turbilhão de dívidas do qual, com os juros altíssimos cobrados por bancos e financeiras, é quase ímpossível sair.

O primeiro passo para reverter a situação é parar imediatamente de gastar e identificar o inimigo. Anote as suas obrigações mensais e tudo que está devendo. Cartões de crédito, cheque especial, empréstimos, devem ser relacionados à parte para uma futura renegociação.

Dos seus gastos normais, analise cuidadosamente os que são realmente necessários e os que podem ser cortados. Quem sabe aquela assinatura de revista, e tantas outras despesas pequenas que, somadas, causam um estrago no orçamento.

A sua renda líquida deve ser destinada aos pagamentos básicos, aqueles que são importantes, como aluguel, condomínio, luz, gás, telefone, alimentação, colégio das crianças e medicamentos.

DívidasSobrou alguma coisa? Se sobrou, é hora de renegociar as dívidas dos cartões de crédito e cheque especial. Escolha os prazos que sejam mais convenientes. Se possível, não faça empréstimos com prazo de pagamento superior a 18 meses. A prestação não vai cair tanto e o valor total a ser pago será muito maior. Não esqueça de calcular a taxa de juros efetiva do novo empréstimo que pretende fazer. Não aceite a inclusão de seguro prestamista, pois encarecem bastante a prestação. O site do Banco Central oferece um aplicativo que faz o cálculo para você. Lembre-se de que é melhor pagar 18 prestações de R$ 400,00 do que juros mensais de R$ 350,00 sem que a dívida seja reduzida. Portanto, renegocie sua dívida e esqueça o cartão. A grande armadilha das renegociações de dívidas é a possibilidade de continuar usando o cartão de crédito ou cheque especial, fazendo novas compras. Isso é o que de pior poderia acontecer. Renegociou a dívida, guarde ou cancele o cartão e peça para que o banco reduza o limite do cheque especial.

Paralelamente, é preciso aumentar a receita para poder arcar com as novas despesas. Sempre há algo que pode ser feito, como horas extras no emprego atual, dar aulas particulares, e tantas outras atividades que mais combinem com você. O importante é fechar  torneira de saída e abrir a de entrada.

Lembre-se de que sair do vermelho pode levar mais de um ano, mas o primeiro passo, o mais importante de todos, deve ser dado agora.

Mantenha tudo anotado, de preferência em uma planilha, e acompanhe mês a mês a redução de suas dívidas.

Boa sorte!