Sal, nosso inimigo de cada dia

Presente em praticamente todos os alimentos, o sal é o ingrediente que garante um sabor agradável aos pratos, mas também é o que ocasiona o maior estrago no nosso organismo. O consumo exagerado e contínuo do sódio causa muitas doenças, principalmente as que atacam o sistema circulatório.

Os médicos recomendam um consumo máximo de 5 gramas de sal por dia, equivalente a uma colher rasa de chá, sendo que o brasileiro consome em média 12 gramas, bem acima do limite tolerado. Um quilo de sal deveria durar 50 dias na casa de uma família de 4 pessoas. Você sabe se isso acontece na sua casa?

Um simples prato de macarrão instantâneo, que muitos preparam quando estão com pressa, contém 12 gramas de sal.  Um pacote de biscoito doce pode contribuir com duas gramas na sua cota diária. Cada pão francês tem um grama de sal.

O sal é responsável pelo aumento da pressão sanguínea, devido à  absorção de água pelo organismo. Isso pode acarretar danos ao coração e em todo sistema circulatório causando, entre outros males, infartos e AVCs, acidente vascular cerebral, também conhecido por derrame, doenças que podem levar à morte.

É muito difícil controlar a quantidade de sal ingerida diariamente. É importante eliminar o uso do saleiro, habitualmente colocado nas mesas durante as refeições, além de evitar alimentos industrializados, fonte certa de sódio, pois é usado como conservante.

O consumo moderado de sal também é necessário para manter o equilíbrio do nosso organismo. Quantidades insuficientes de sódio causam má oxigenação das células, devido à queda da pressão sanguínea, podendo causar desmaios. Por isso, quando houver uma queda na pressão, um pouco de sal na boca não faz mal a ninguém, muito pelo contrário.

Para completar, evite alimentos prontos que contenham glutamato monossódico. São produtos usados como temperos e amaciantes de carnes, principalmente, realçando o sabor. Leia o rótulo antes de comprar para conferir a fórmula. Prepare o sal de ervas caseiro, sem glutamato monossódico, em vez de comprar o industrializado.

Não faça uso exagerado de salgadinhos, castanhas, amendoins e pipocas (todos  preparados com muito sal) e evite as carnes previamente salgadas.  Substitua o sal por temperos naturais, como cebola, alho, orégano, hortelã, salsa, limão, coentro, cominho, etc.

glutamato monossódico

Quando a data de validade não garante a qualidade do alimento

Os supermercados procuram facilitar a vida do cliente, mas nem sempre os riscos compensam. O açougue é onde o atendimento costuma ser o mais demorado, principalmente se o cliente que está na sua frente resolve escolher carnes de vários tipos para o churrasco do final de semana. Escolher, cortar, pesar, etiquetar, são tarefas que demandam tempo e muita paciência. Em determinados horários as filas são inevitáveis.

Alguns supermercados oferecem carnes já cortadas, pesadas e embaladas, onde basta pegar a bandeja e colocar no carrinho. Geralmente, dependendo do supermercado, as carnes foram colocadas no mostruário há poucos minutos e a grande procura evita que fiquem ali por muito tempo. Em outros, no entanto, muitas bandejas colocadas pela manhã, lá permanecem até o supermercado fechar. A temperatura do mostruário, por ser um ambiente aberto, não garante o congelamento. Quando muito, as carnes são resfriadas como se estivessem na parte inferior da sua geladeira doméstica.

Carne embalada

Há mercados que chegam ao absurdo de oferecer carne moída já embalada, o que é proibido. A carne deve ser moída no momento da compra, pois a maior área exposta ao ar faz com que a deterioração aconteça muito rapidamente.

O mais grave acontece quando o dia acaba, o mercado fecha, e a carne continua exposta, em sua bandeja. Nem vou mencionar que muitos mercados desligam o freezer ou reduzem a sua atividade (aumentando a temperatura) para economizar energia elétrica.

No dia seguinte, logo que o mercado abre, o açougueiro recolhe as carnes da véspera que não foram vendidas e passaram a noite nas prateleiras. O que será que ele faz com elas? Joga no lixo? Seria o correto mas, na maioria das vezes, as carnes são retiradas de suas embalagens antigas e novamente embaladas, etiquetadas com uma data novinha e recolocadas na prateleira como se tivessem sido cortadas naquele instante.

Isso não é ficção. É realidade e acontece com mais frequência do que se imagina. Um caso de polícia.

Nunca compre carnes pré-cortadas e embaladas, como estas que aparecem na foto. Escolha um pedaço inteiro e peça para cortar a carne na hora. Carne moída deve ser evitada, pois até a máquina de moer também é fonte de contaminação.

Cuide de sua saúde!