Pague pela água consumida, não pelo ar que passa pelo hidrômetro

Uma vizinha reclama que sua conta d’água veio muito cara este mês. Mesmo considerando o aumento de 12,74%, praticado a partir de dezembro, o aumento não se justifica, já que ela esteve fora todo o mês.

De fato, as contas aumentaram bastante, mais do que seria de se esperar, tanto que a empresa que atende Araruama , a Águas de Juturnaíba, forneceu os endereços da ALERJ e do PROCON de Araruama, numa sugestão implícita: “Não está satisfeito, procure seus direitos“.

Analisei a conta e percebi que o consumo aumentou, mesmo sem ter ninguém em casa. Constatamos, também, que não havia vazamentos. Por que isso então?

É simples!

Nesta época do ano, em pleno verão, o consumo de água aumenta bastante na Região dos Lagos. A água fornecida,  que durante o ano sempre tem pressão suficiente para encher a caixa superior sem o auxílio de bomba,  desta vez não consegue chegar lá. Só enche a cisterna. Assim, fica um espaço disponível, a menos que fiquemos atentos, ligando constantemente a bomba para manter a caixa superior sempre cheia.

Imaginemos, então, que nossa vizinha viajou e deixou a caixa superior parcialmente cheia. Neste ínterim, a água da rua acabou por falta de pressão suficiente para chegar até a sua casa. Somente o ar consegue se deslocar livremente pela tubulação externa. E este ar chega ao seu hidrômetro, passa por ele, e sobe até a caixa. Você paga pelo ar como se fosse água.

Então, ao viajar, feche o registro localizado junto ao hidrômetro. Se estiver em casa, mantenha as caixas cheias ou, então, feche o registro do hidrômetro quando o fornecimento de água for interrompido.

Evite surpresas e pague o que consumir!