No banho de mar, como escapar de uma vala

As valas, também conhecidas por correntes de retorno, são áreas mais profundas onde as águas que chegaram à praia em forma de ondas, retornam para antes da arrebentação. Por arrastarem a areia do fundo,  o local é mais profundo, quase sem a formação de ondas. Isso torna as valas facilmente localizadas pelo banhista mais atento. Estão situadas a intervalos regulares uma das outras. No banho de mar, o ideal é procurar áreas rasas para se banhar, pois ali não haverá vala. Mas cuidado, elas estão por perto, nas duas laterais de onde você está.

Um simples descuido, um brincadeira distraída, e podemos cair numa dessas armadilhas. O que fazer para não se afogar?

De início o banhista sente que está sendo levado para alto mar e tenta nadar em direção à praia. Isso não adiantará e apenas consumirá sua energia.

O segredo é deixar o mar levar, sem nadar contra a correnteza, ultrapassando a área de turbulência.  Neste ponto além da arrebentação as águas são tranquilas e será mais fácil nadar paralelamente à praia, afastando-se da vala. Em seguida, as próprias ondas  ajudarão a trazê-lo de volta à areia.

Se perceber que não conseguirá manter a calma e há o risco de não conseguir voltar por conta própria, não tenha vergonha: peça socorro. Levante um dos braços e sinalize que precisa de ajuda. Os guarda-vidas ficam atentos a essas armadilhas e você provavelmente será socorrido antes mesmo de pedir socorro.  Na presença do salva-vidas, colabore com ele. Não tente agarrá-lo pois ele sabe o que faz e não deixará que você se afogue.  Fique leve, deixe o corpo solto, sem movimentos, e siga as suas instruções.

Os surfistas costumam usar essas valas para entrar no mar. Se estiver no meio deles, pode pedir ajuda. Com certeza nenhum surfista se negará a socorrê-lo.

Corrente de retorno

Trilhas da Floresta da Tijuca

Como fazer trilhas seguras pelo Rio de Janeiro? Alguns cuidados devem ser tomados e, o mais importante, é estar sempre acompanhado de alguém experiente, um trilheiro que conheça bem o local, mesmo que tudo pareça bem fácil.

A Floresta da Tijuca tem trilhas bem interessantes e sinalizadas. Saindo do ponto de encontro no Parque da Tijuca (Bom Retiro, no Alto da Boa Vista), são 2.345 metros até o Bico do Papagaio, de onde se descortina uma belíssima vista da zona oeste, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Já estive lá, mas peguei a área coberta por nuvens. Não vi nada. Completa frustração. É uma trilha considerada difícil, percorrida em uma hora. Desta vez vamos até o Pico da Tijuca. É um passeio gratuito, que é feito com segurança desde que as regras do trilheiro sejam obedecidas.

Escolha um dia em que o tempo esteja bom, sem chuva. Leve uma mochila com repelente de mosquitos, água, suco ou isotônico (dois litros), boné, lanche, lanterna, kit de primeiros socorros, celular. Comunique aos parentes onde está indo. Avise ao segurança do parque que está subindo. Peça que fique atento pois avisará quando retornar.

Não siga por talhos. Use a trilha correta, sinalizada.

Pico da Tijuca:

O Pico da Tijuca é o ponto mais alto, com 1.021 metros de altitude. O início da trilha fica no Alto da Boa Vista. Procure a Praça Afonso Vizeu. É permitida a entrada de carros, que podem chegar até o início da trilha, no Bom Retiro, ponto final de uma estradinha dentro da Floresta, que passa pela Cascatinha. Se preferir caminhar desde a praça, reserve mais uma hora para este trajeto.

O percurso até o alto é bem sinalizado, com dificuldade moderada. Um guarda florestal perguntará qual será a trilha a ser feita: Bico do Papagaio, Pico da Tijuca ou Serra da Cocanha. O início é feito no mesmo local, havendo uma bifurcação bem sinalizada. Delicie-se com as borboletas, preste atenção ao canto dos pássaros, acompanhe micos se divertindo, pulando pelos galhos da mata fechada. Observe lagartos fugindo assustados, com medo dos nossos passos.

Bico do Papagaio: