Vale a pena fazer empréstimo consignado?

O aposentado está tranquilo em casa quando recebe um telefonema do banco oferecendo um empréstimo consignado, um dinheiro extra, que poderá ser pago a longo prazo, talvez em cinco anos, com juros bem menores do que os praticados pelo cheque especial ou cartão de crédito. Quem sabe o nosso amigo faça o empréstimo, mesmo sem precisar, apenas para ter mais um dinheiro disponível, ou porque algum conhecido ou parente também fez.

Não devemos, em hipótese alguma, apanhar dinheiro emprestado se não precisarmos dele. Se for para pagar o saldo devedor de cheque especial ou cartão de crédito, que têm juros elevadíssimos, ou uma despesa inesperada com tratamento de saúde,  é um caso a pensar. Não sendo para casos de urgência, fuja dos empréstimos. Por menores que sejam,  juros de 2 a 4% ainda são muito elevados.

Quem contrata um empréstimo a longo prazo nem lembra que terá que pagá-lo. Todos os meses  seu salário ou aposentadoria sofrerá um desconto, um dinheirinho que poderá fazer falta, em um compromisso que se arrastará por longos anos.

Devemos mudar nossos hábitos e sempre comprar sem se individar. Ganhar primeiro, gastar depois. Se você gastar o que ainda não ganhou, com certeza perderá toda a vontade de trabalhar.

Pense nisso!

Fuja dos juros do cheque especial e do cartão de crédito

Os juros nunca estiveram tão elevados como agora, julho de 2011. A maioria dos brasileiros que usa o cheque especial e o cartão de crédito sabe disso. Atraídos pelas facilidades de crédito, o dinheiro fácil, o consumidor se deixou levar e comprou, gastou… e se endividou. De uma hora para outra descobriu que deve mais do que pode pagar. Como sair dessa?

A unica maneira é pagando a dívida e parando de gastar. Não há fórmula mágica. Então, é preciso encontrar uma maneira de fazer isso. Parar de gastar é simples na teoria: esqueça que tem cartão de crédito  e não gaste mais nada além daquilo que já foi ganho. Não aumente sua dívida com o cheque especial.

E como pagar o que já é devido?

O cheque especial do Itaú cobra uma taxa que se aproxima dos 10% ao mês, mais de 180% ao ano. E não é das mais elevadas. Há bancos cobrando muito mais. As taxas de juros do cartão de crédito  superam os 15% ao mês, quase 500% ao ano. Isso é o bastante para levar qualquer um à falência. Uma dívida de R$ 2.000,00 cresce R$ 300,00 no final de um mês. E são juros compostos, que serão acrescidos de novos juros no mês seguinte.

Já foi o tempo em que era necessária uma visita ao banco para uma conversa com o gerente, o amigo todo poderoso que sempre estava pronto para socorrê-lo nos momentos difíceis. Hoje em dia a figura do gerente não é mais a mesma e as negociações são automáticas, pela internet ou atendimento eletrônico, geralmente na hora de pagar a fatura. Neste momento você escolhe se vai pagar o valor mínimo, liquidar toda a dívida, ou se prefere renegociar o saldo devedor.

Para quem deve dois mil e só de juros deverá mais trezentos reais no fim do mês, o melhor é renegociar o saldo devedor. Os juros não são maravilhosos, aproximam-se dos 7% ao mês, mas as prestações são fixas. O importante é preferir os menores prazos. O sistema oferece de imediato parcelas de valores mais baixos, que podem ser pagas em 36 meses, mas a simulação mostra que não há um acréscimo muito grande nas prestações se o prazo foi reduzido. Então, prefira liquidar o saldo em dez vezes, no máximo. Com pouco mais de R$ 300,00, pagos em dez vezes, você acabará com a dívida do cheque especial ou do cartão de crédito. E, repetindo, são parcelas fixas, que não sofrem qualquer acréscimo de juros no futuro.

É melhor sacrificar-se agora, enquanto a dívida está administrável, do que esperar que ela chegue a um patamar onde o parcelamento se tornará impossível de ser pago. Dívidas são como incêndios: se combatidos no início são mais fáceis de serem extintos.

O importante, ao fazer qualquer renegociação, é suspender completamente a geração de novas dívidas. Não adianta parcelar o saldo devedor de um cartão de crédito e continuar usando. Este é o caminho mais fácil para a inadimplência.

Uma frase que sempre gosto de lembrar: Não ficamos ricos pelo que ganhamos, mas pelo que economizamos.